Lourenço rejeita a filha de Dos Santos como presidente da companhia estatal de petróleo

O presidente de Angola, João Lourenço, demitiu hoje Isabel dos Santos, filha de seu antecessor em exercício, José Eduardo dos Santos, como presidente do conselho de administração da a empresa estatal de petróleo Sonangol, informou a mídia local.

Nairobi, 15 de novembro (EFE) .- O presidente angolano, João Lourenço, rejeitou hoje a Isabel dos Santos, filha de seu antecessor, José Eduardo dos Santos, como presidente do conselho de administração da empresa estatal de petróleo Sonangol, informou a mídia local.

Em vez disso, ele nomeou o secretário estadual de petróleo atualizado, Carlos Saturnino Oliveira, de acordo com uma nota divulgado pela agência estatal de notícias Angop, que não divulga os motivos desta etapa.

Isabel dos Santos, considerada a mulher mais rica da África, estava em execução desde junho de 2016 empresa que controla a produção de petróleo - a principal renda do país, graças aos seus abundantes depósitos e gás natural.

Este movimento causa um golpe ao legado de Dos Santos, que permaneceu no poder de 1979 até agosto passado, quando entregou a presidência ao Lourenço, de 63 anos, que ganhou as eleições como o único candidato do partido governou Angola desde a independência em 1975, o Movimento Popular para a Libertação de Angola (MPLA).

Os analistas apontaram que Dos Santos não deixaria de exercer o poder apesar deixar o chefe de Estado, tendo aprovado as leis do passado mês de julho que impediram a demissão dos chefes do exército, da polícia e dos serviços de inteligência para oito anos.

Da mesma forma, outro dos filhos do ex-presidente, José Filomeno, é responsável pelo fundo soberano angolano.

No discurso de investidura, João Lourenço assegurou que promova uma "reforma e transformação em continuidade" para "manter o que é certo e correto o que está errado", entre os quais destacou a necessidade de "eliminar a corrupção que ameaça a sociedade. "

Angola encerrou 2016 como o 14º maior produtor de petróleo do mundo e segundo em África.

A economia angolana depende de 45% das atividades de petróleo, que representam 95% % das exportações, de modo que a queda dos preços do petróleo desde 2014 provocou uma desaceleração acentuada de 29,3%.

No entanto, a produção de petróleo impulsionou o PIB A população angolana em 3.023% entre 1994 e 2014, embora a corrupção generalizada durante o período de Dos Santos em frente ao país tenha significado que, apesar dessa bonança econômica, mais da metade de a população viva com menos de dois euros por dia e Angola ocupa o 150º lugar em 188 no Índice de Desenvolvimento Humano.