O Brasil é um país que "gasta muito e mal", de acordo com o Banco Mundial

O governo brasileiro gasta mais do que pode, além de ineficaz, porque as despesas não cumprem plenamente seus objetivos e, em muitos casos, são injustas porque beneficiam os ricos em detrimento dos mais pobres, de acordo com um relatório apresentado hoje pelo Banco Mundial.

Rio de Janeiro, 21 de novembro (EFE) .- O governo brasileiro gasta mais do que pode, além de ineficaz, porque as despesas não cumprem plenamente seus objetivos e, em muitos casos, são injustas porque eles beneficiam os ricos em detrimento dos mais pobres, de acordo com um relatório apresentado hoje pelo Banco Mundial.

"Um ajuste justo: uma análise da eficiência e equidade dos gastos público no Brasil ", o nome do relatório, ressalta que o aumento das despesas públicas nos últimos 20 anos é colocar a sustentabilidade fiscal do país em risco, uma vez que o déficit atinge 8% do PIB e a dívida saltou de 51,5% em 2012 para 73% este ano.

O Banco Mundial indica que o governo brasileiro terá que enfrentar "escolhas difíceis" para ajustar contas com o risco "de mergulhar de volta para a espiral de inflação e baixo crescimento."

Neste notas em conta que serão necessários para reduzir os gastos de 0,6% na proporção PIB do país a cada ano, bem como reduzir as despesas dos Estados e dos municípios em 1,29%.

O documento, que traz um amplo raio-x de gastos governamentais e programas sociais, Sugere ao país um conjunto de medidas que poderiam aliviar a pressão sobre o orçamento federal no equivalente a 7,07% do PIB até 2026.

O Banco Mundial observa em seu estudo que "A segurança social é o motor do desequilíbrio fiscal" e que sua reforma será a medida com o maior impacto para a economia brasileira.

Se a situação atual continuar em treze anos, a o pagamento de pensões e pensões esgotará o limite do limite de gastos do governo federal e não haverá dinheiro para salários, manutenção de escolas e hospitais, ou para investimentos, de Desta forma, em 2080, as despesas de segurança social corresponderão a 150% do PIB nacional.

Além disso, o relatório indica que a segurança social brasileira é um sistema injusto, porque os 35 % dos subsídios de segurança beneficiam os 20% mais ricos do país, enquanto 18% vão para os 40% do setor mais pobre da população.

O Banco Mundial é limitado em sua No diagnóstico, os programas governamentais beneficiam os ricos e não os pobres e, apesar do alto volume de gastos públicos, a política fiscal teve pouco sucesso em redução da desigualdade e da pobreza.

O estudo foi encomendado pelo próprio governo brasileiro, que tenta interromper a tendência de aumentar suas despesas e garantir a conformidade com o limite de gastos aprovado recentemente, no meio do quadro político do país que espera uma eleição geral em 2018.